O que é cultura de produto?

16 de abril de 2025

Você já se perguntou por que alguns produtos digitais realmente encantam seus usuários enquanto outros simplesmente passam despercebidos, mesmo tendo bons recursos e tecnologia? A resposta pode estar na cultura de produto — uma mentalidade cada vez mais presente em empresas que querem construir soluções digitais com propósito, foco no cliente e resultados reais.

A cultura de produto é mais do que um conjunto de boas práticas, ela é formada por hábitos, valores e crenças que orientam o desenvolvimento de soluções centradas nas necessidades dos usuários. Em vez de se concentrar apenas em entregas (outputs), como quantidade de funcionalidades ou prazos, ela prioriza os resultados (outcomes) que cada entrega gera para o cliente e para o negócio.

Na prática, isso significa colocar o cliente no centro de todas as decisões. Antes de pensar em funcionalidades, o time precisa entender profundamente as dores, desejos e comportamentos do usuário. Isso exige empatia, escuta ativa, análise de dados e muita experimentação. Toda a jornada — do primeiro clique à retenção — deve ser pensada para criar experiências positivas e gerar valor real.

Mas construir essa mentalidade exige mais do que boas intenções. A cultura de produto precisa ser sustentada por processos bem definidos, dados concretos e um senso de propósito compartilhado por todas as áreas envolvidas — design, engenharia, marketing, produto, vendas, atendimento ao cliente e mais.

Um dos pilares dessa cultura é o uso de dados para tomada de decisão. Times de produto que adotam uma abordagem data-driven monitoram métricas de engajamento, retenção, conversão e feedbacks em tempo real. Com isso, conseguem ajustar prioridades, testar hipóteses rapidamente e evoluir o produto com base em evidências — e não em suposições.

A experimentação contínua é outra peça-chave. Testar hipóteses, lançar MVPs, aprender com os erros e validar soluções em ciclos curtos cria um ambiente de aprendizado constante e inovação. Aqui, o erro não é um problema, mas parte do processo de construção.

Além disso, a cultura de produto valoriza o senso de ownership. Cada pessoa envolvida no desenvolvimento — seja designer, desenvolvedor ou analista de qualidade — deve atuar como dona do produto. Isso significa se importar genuinamente com os resultados, questionar se aquilo que está sendo feito realmente resolve o problema do usuário e se comprometer com a entrega de valor.

Para isso, ferramentas e metodologias como Scrum, Kanban, Lean e o uso de um roadmap bem estruturado ajudam a manter a equipe alinhada e orientada por objetivos claros. O roadmap, por exemplo, não é apenas uma lista de entregas, ele representa a visão do produto as metas do time e os aprendizados ao longo da jornada.

Adotar essa mentalidade envolve também mudar a forma como os times são liderados. Líderes de produto, por exemplo, devem atuar como facilitadores, garantindo que o propósito do produto seja preservado e que as decisões não se distanciem daquilo que realmente importa: o cliente.

Na LM for Business, aplicamos essa cultura nas consultorias de gestão de produtos digitais. Ajudamos nossos clientes a desenvolverem produtos com foco em valor, baseados em dados, alinhados a objetivos claros e pensados do ponto de vista do usuário. Utilizamos frameworks ágeis, promovemos ciclos curtos de aprendizado e incentivamos a autonomia e o senso de dono em cada etapa do processo.

Porque, no fim das contas, cultura de produto é isso: encarar o problema como se fosse seu, ouvir o cliente de verdade e trabalhar em equipe para entregar soluções que façam a diferença. E quando esse mindset está presente no dia a dia, não tem como dar errado.