Layoffs: não existe licença poética para não dar lucro

12 de julho de 2022

Os recentes chamados layoffs no mercado de startups, ou seja, demissões em massa, estão intrinsecamente ligados à má gestão e isso não há como negar.

Além de estar acontecendo em startups maiores, e ainda maior concentração nos chamados unicórnios (empresas avaliadas em US$ 1 bilhão ou mais de valor de mercado), que possuem tamanho e tempo suficiente para já terem formatado seu modelo de negócios e gerar lucro, os layoffs estão ligados à  falta de metas claras e previsibilidade de breakeven, e gastos fora de um padrão aceitável de investimento para crescimento, além de pouca clareza na administração destes gastos.

Não é simples, a mudança é brusca no planejamento e mindset, há uma mudança clara na cultura, nos processos e nos planejamentos que devem se adaptar para busca de breakeven, mantendo-se as características das startups de agilidade no desenvolvimento e testes de modelos de negócio, mas de forma talvez mais consciente, garantindo essa incessante busca por produtos que sejam disruptivos, e/ou encantem seus consumidores, mas sem usar estratégias de preço e avanços no mercado em troca de queima de caixa pela obsessão do crescimento exponencial, os produtos e serviços deverão respeitar uma curva base de ciclo de vida com introdução, crescimento, maturidade e declínio.

E como um profissional da área de produto inserido no ecossistema de produtos digitais e startups deve ler e interpretar os últimos acontecimentos em 2022 entre layoffs e ajustes nos planejamentos estratégicos deste mercado?

O profissional de produto doutrinado neste mercado, precisará se reinventar. Pensar em desenvolvimentos mais sustentáveis no longo prazo revendo a forma como constrói desde o discovery até as estratégias growth & product management. Metas claras de margem, breakeven e efeito de escala com base em receita e não mais em crescimentos desenfreados de base de usuários e abuso de descontos, vem aí um retorno para algumas técnicas mais “old school” mas que ainda possuem poder de impacto no mercado e não deixaram de ser eficientes.

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