Ser a pessoa mais importante na sala pode te impedir de aprender
Não quero ser a pessoa mais inteligente e importante da sala, se não pode ser que eu não aprenda nada!
Há alguns anos trabalhei em uma Startup que quando eu cheguei lá, me assustei um pouco com a quantidade de gente mais jovem do que eu e na esperança e alta expectativa de aprender comigo. Mal sabiam eles que eu iria aprender tanto também com eles. Mas depois de ser apresentado à várias pessoas, conheci um grande profissional, com muito mais bagagem (e muito mais inteligente) do que eu. Mal sabia eu que além de grandes colegas de trabalho, passaríamos a ser grandes amigos, e até fornecedor x cliente! Mas essa parte da história fica “pra uma outra pizza”.
Ter contato com ele naquele ambiente de trabalho, aprender observando suas colocações, provocações, postura e alto nível, me confortava. Me confortava porque me interessava crescer, me desenvolver, e sempre uma das minhas principais fontes para isso foi a observação e convívio com pessoas de maior bagagem e senioridade profissional que eu.
Fiz isso ao longo da carreira, com ótimos e grandes gestores e líderes que tive contato durante minha trajetória, mesmo não sendo meus líderes diretos. Não se importe, preocupe ou esteja almejando sentar-se à mesa como Decano, maior autoridade profissional, ou o mais Sênior e preparado. Calma, isso vai acontecer um dia ou outro naturalmente, e depois, mais ao fim da carreira, com frequência, não se apresse.
Preocupe-se em sentar-se à mesa com quem seja mais sênior e mais preparado que você, que tenha bagagem e seja rico em fonte de aprendizado via observação. Porque você estará, até mesmo às vezes sem perceber, aprendendo! E aqui não estou dizendo que você não vai aprender com quem seja mais júnior que você na profissão, carreira e idade, ou até da mesma posição; vai aprender, mas são coisas diferentes.
O aprendizado ao sentar-se à mesa com quem já viveu mais do que você, na profissão e na vida, vai te entregar coisas que não estão nos livros, nas universidades, nas novas tecnologias, nem no aprendizado com os mais jovens! A voz, o olhar e a postura da experiência.
Por: Leandro Miranda